Chile
Com vinhos brancos e tintos surpreendentes e de alta qualidade, o Chile já se consolidou como um dos melhores produtores de vinho do mundo, com exemplares de ótima relação entre custo e benefício em qualquer faixa de preço.
Os tintos mais acessíveis são extremamente saborosos, enquanto os vinhos mais caros e de melhor qualidade são finos, elegantes e encorpados. Os vinhos brancos trazem, quase sempre, complexidade e boa qualidade, mas é importante verificar com cuidado quem são seus produtores. Entre os mais respeitados estão Viña Carmen, Los Vascos e Lapostolle, elaborando vinhos de altíssima qualidade, capazes de rivalizar com grandes produtores de vinho de todo o mundo.
A história da vitivinicultura no Chile tem mais de 500 anos, e começa com a chegada dos espanhóis que trouxeram variedades Vitis vinifera para a produção da bebida. Trata-se de um país com uma geografia única e peculiar, cujas características são de extrema importância para entender o papel dos vinhos chilenos ao redor do mundo.
O território do Chile é comprido e estreito, delimitado por quatro fronteiras naturais: ao norte, com o deserto mais seco do mundo, o do Atacama; ao sul, onde se encontram as geleiras da Patagônia; ao leste, com a Cordilheira dos Andes; e ao oeste, onde encontra o oceano Pacífico com suas águas frias.
Tais delimitações favorecem a prática da cultura orgânica de vinhas, proporcionando a incrível diversidade dos vinhos do Chile, além disso, essas barreiras geográficas protegem os vinhedos contra pragas e doenças comuns do cultivo da uva. Livre da filoxera, o país desenvolveu a uva Carmère que, nativa de Bordeaux, tornou-se a uva mais característica do Chile.
Cada vez mais, novos enólogos e produtores descobrem novos terroirs, subindo cada vez mais as montanhas dos Andes para produzir vinhos de excelente qualidade e caráter, aproveitando também os ventos mais frios provenientes do oceano Pacífico, responsáveis por adicionar aos exemplares ótimo frescor e acidez. Ou então, os produtores exploram regiões mais frias ao sul e norte do país, onde antigamente era improvável o cultivo de vinhas.
Desde 2011, as 14 regiões vinícolas do Chile passam também a ser analisadas de acordo com três indicações geográficas. Na Costa, as uvas apresentam excelente frescor e acidez, influenciadas pelo oceano Atlântico, e os Sauvignon Blanc da Costa chilena estão entre os mais apreciados no mundo, onde também merecem atenção os Pinot Noir e Chardonnay.
Nos Andes, a maior cordilheiro do mundo, as condições climáticas da área permitem que as uvas brancas e tintas produzam vinhos elegantes e estruturados. As elevadas dispersões térmicas possibilitam que os exemplares sejam complexos e apresentem excelentes níveis de acidez. Os melhores vinhos chilenos tendem a ser produzidos em elevadas altitudes.
Por último, na área conhecida como Entre Cordilheiras, isto é, entre a cordilheira dos Andes e as Montanhas Costeiras também são cultivadas vinhas. Essa região é responsável pela produção de mais de 60% dos vinhos de todo o país, exemplares de cortes elegantes e bastante intensos.
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